segunda-feira, 22 de abril de 2013

NOTURNOS DE SEGUNDA

             I

Um aperto no peito,
Que não tem jeito
E parece sufocar

Um vazio no aperto,
Que chega aos olhos
Dá vontade de chorar

Um choro quieto,
De quem quer abraço,
Empresta o seu braço
Pra eu me encostar?

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              II 

Uma cidade inteira
Ao meu redor
E eu me sinto tão só.
Com meus pensamentos,
Que não param de surgir.
Com meus entremeios,
Que me deixam sem dormir.

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             III

É como água turva,
Onde não se vê o fundo.
É como um poço longo,
Do tamanho desse mundo.
E como Alice eu vou,
Em vertiginosa queda,
Até chegar no cerne
Do que está dentro de mim.


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