I did my best to notice When the call came down the line Up to the platform of surrender I was brought but I was kind And sometimes I get nervous When I see an open door Close your eyes Clear your heart... Cut the cord
Are we human? Or are we dancer? My sign is vital My hands are cold And I'm on my knees Looking for the answer Are we human? Or are we dancer?
Pay my respects to grace and virtue Send my condolences to good Give my regards to soul and romance, They always did the best they could And so long to devotion You taught me everything I know Wave goodbye Wish me well.. You've gotta let me go
Are we human? Or are we dancer? My sign is vital My hands are cold And I'm on my knees Looking for the answer Are we human? Or are we dancer?
Will your system be alright When you dream of home tonight? There is no message we're receiving Let me know is your heart still beating
Are we human? Or are we dancer? My sign is vital My hands are cold And I'm on my knees Looking for the answer
You've gotta let me know
Are we human? Or are we dancer? My sign is vital My hands are cold And I'm on my knees Looking for the answer Are we human Or are we dancer?
Afogada nas minhas lágrimas, que atravancavam minha garganta sem querer sair, mas que também não me deixavam dormir mesmo depois de chegar cansada do show, 6 e 30 da manhã resolvi andar na Praia de Botafogo... na verdade eu queria era sair da minha casa, sair de mim um pouco e respirar. Andei bastante, mas muito pesada com uma angústia que me rasgava o peito, dilacerava a alma... Tentando chorar ou cantar , com vontade de gritar bem alto tudo aquilo que me afligia... Andei na areia... quanto lixo... impressionante o número de tampinhas de garrafa ... coloridas... urubus... é.. a baía de Guanabara já foi mais nobre... enfim...
Tava pensando em bater na porta de algum grande amigo que se dispusesse a madrugar para simplesmente me abraçar e me deixar chorar.
Lá estava eu fazendo minha cena... tentando respirar um pouco da minha vida.
Fui pela areia. Voltei pela pista... e passei por dois caras montando uma tenda de personal de corrida. Um deles já me olhava de longe e quando passei carregando todo o peso do mundo nas costas, ele me disse: Bom dia!
Eu respondi meio sem graça, meio triste.. um bom dia bem xoxo...
E fui prum banco de frente pro mar. O engraçado é que na hora uma voz na minha cabeça ficava dizendo, “ele podia vir aqui falar comigo”. Na verdade eu me sentei no banco sentindo isso, porque na verdade eu tava indo pra casa... mas senti que precisava esperar. Como quando se sente que vai chover, eu tinha certeza que alguma coisa ia acontecer. E não porque eu tivesse algum interesse, pra ser sincera na hora nem me lembrei de como ele era... mas sabe um sentimento forte de que é alguém que eu precisava conhecer naquele momento? Engraçado né? Enfim...
Fiquei lá, olhando o mar e as velhinhas fazendo alongamento com um professor muito atencioso que já tava La desde cedo (eu vou ser uma velhinha assim).
Passaram-se 15 minutos... e ele veio.
Eu não fiquei surpresa... mais engraçado ainda.
E ele disse:
- Oi, desculpa, eu vi você passando muito triste com uma expressão tão carregada. Eme deu um bom dia tão tristinha. E vou te dizer, semana passada eu tava assim que nem você... com essa mesma cara aí voltando no ônibus, e um cara que sentou do meu lado começou a conversar comigo, perguntar o que tinha me acontecido. E eu achei isso muito legal. E eu te vi... e se vc não tivesse me respondido o bom dia, eu não teria vindo. Mas até falei com meu parceiro de trabalho: “nada acontece por acaso, fizeram isso comigo, agora é a minha vez de ajudar.” Você deve estar meio assustada, mas olha... as vezes conversar com um estranho faz bem.
Mais ou menos isso... e eu? Desabei num choro sentido, como se ele me conhecesse há anos... e falei,. falei, falei...falei muito... soltei o que tava preso dentro de mim, o que eu tinha vergonha de falar com quem me conhece... e como nada é por acaso descobri inclusive que ele tinha morado 3 anos em Viçosa (aí eu fiquei de cara de vez)... e eu falava e chorava...
Conversamos quase 1 hora. Eu desabafei... sobre tudo... ele me aconselhou, me disse as palavras certas sem passar a mão na minha cabeça. E disse coisas sobre as quais eu realmente vou pensar, me deu chaves para portas que eu não conseguia destrancar.
Impressionante.Um psicólogo da vida... Uma pessoa do bem.
E no final eu estava rindo! A gente conversando coisas mais animadas. Eu conseguindo ver o lado positivo da zona toda...Eu estava leve... eu estou leve.
Trocamos contatos porque encontros assim não devem ser desperdiçados. E o abraço que eu ainda precisava. Uma amizade que já nasce pronta e verdadeira. Conectada com o o que tem de melhor, pelo simples desejo que ele teve de me ajudar... foi como um colete salva-vidas numlugar muito, muito fundo.
Cheguei em casa com o sono que eu não ando tendo, mas senti a necessidade urgente de registrar isso que acabei de viver.
Miniconto do livro "O Senhor Brecht" de Gonçalo M. Tavares, autor português que passei a adorar que me foi muito bem indicado pelo @leoschabbach. Comprei "O Senhor Brecht"na Bienal do livro, viciei e li logo mais 3 dele! Enjoy!
"Projetos
O bosque desenvolvia-se lentamente, como era hábito desde há séculos, quando chegou um homem e apresentou um projeto.Durante três dias deitaram árvores abaixo. Ao 4 dia repousaram do esforço. Passado um ano veio outro homem, olhou para o que agora era uma planície, e disse:- Faltam aqui árvores. Nos três dias seguintes plantaram árvores. Ao 4 dia repousaram do esforço. Ao fim de doze anos o bosque estava outra vez recomposto. Chegou, então, outro homem. "
TAVARES, Gonçalo M., "O Senhor Brecht", Ed. Casa da Palavra, Rio de Janeiro, 2005
Escrevi o pequeno "O que não tem receita", ontem, por alguns motivos que não convém citar aqui (ou não agora). O que vem ao caso é que hoje fui à banca e resolvi me atualizar no mundo impresso. Comprei o Globo (que já é de praxe no domingo) e mais Época, JB e Veja. Ótimo. Nada substitui o papel. Ainda estou no Globo. Domigo é dia de ler jornal inteiro, incluindo as partes que eu considero chatas (Economia e tal...) mas já cheguei à Revista, que adoro e, é sim um dos principais motivos de eu sempre comprar no domingo (além da coluna do João Ubaldo). E estou fazendo toda essa introdução porque, eis a minha surpresa, na página 44 - coluna Consultório, do Alberto Goldin - leio o seguinte:
"A novidade comoveu o planeta. Jovens gênios da neuroinformática inventaram um aparelho semelhante a uma câmera fotográfica, capaz de revelar desejos íntimos e fantasias ocultas. Ao focalizar o rosto da pessoa, visualiza tudo o que pensa, ama ou detesta. Uma espécie de tomógrafo mental. Vendeu horrores, porém, em pouco tempo, o verdadeiro horror ficou evidente. Milhares de separações, agressões, vizinhos pedindo explicações... Amizades da vida inteira acabaram de repente. Finalmente, as autoridades proibiram-no, limitando seu uso a aeroportos e delegacias. Fora disso, encrenca pura. Era óbvio que não tinham inventado a invasão de privacidade, no passado houve grampos telefônicos, correspondências violadas, câmeras ocultas, emails expostos etc. Só que o novo aparelho era mais eficiente, despia a alma e a exibia em praça pública. (...)" (Revista do Globo, 292, 28/02/10, pg.44)
Achei curiosa a coincidencia do tema e por isso resolvi trazer pra cá e continuá-lo. É... uma máquina fotográfica da mente talvez seja um brinquedo perigoso em mãos humanas. aliás o que sempre acontece... o remédio se torna veneno pela simples sede de controle que nos toma, por não conseguirmos controlar nossos impulsos. Quando escrevi ontem, eu a desejava intensamente . Algo que pudesse me traduzir naquele momento. Mas, uma vez inventado não haveria como voltar atrás. Aproveito para colocar também um trecho do comentário do querido @sergiomarcio2 - do www.aldeacultural.com - no post: "Não haveria nudez mais reveladora que a de um álbum de fotos feito com uma máquina assim. Exposições antológicas seriam realizadas e muitos aproveitariam para vender seus álbuns no E-bay e no Mercado Livre."
É... melhor não. Aí me peguei pensando... "Ok, sem máquina fotográfica... talvez uma impressora pessoal que imprimisse os pensamentos naqueles papéis de extrato de banco que se apagam depois de um tempo". Então imaginei o valor de um papelzinho desses plastificado, as inúmeras chantagens possíveis, publicações de pensamentos de ex amores que um dia foram dados em confiança e prova de afeto... Fãs revirando lixeiras de hotéis à procura de um pensamento fresquinho e arrependido do seu ídolo... Enfim... É... melhor máquina nenhuma. Máquina nenhuma e um pouco mais de maturidade para conseguir traduzir o que as vezes é tão estranho, mas precisa ser dito. para organizar melhor os pensamentos e não se deixar bagunçar por coisas simples. E dormir a noite toda. Ou não... talvez seja mesmo essa a graça disso tudo.
Tão dificil falar sobre as coisas intangíveis... Exprimir em palavras o que só se sente... Dá vontade de ter um gravador de pensamentos, uma máquina fotográfica da mente.
Um dos videos mais legais que já vi! Feito em stopmotion. E a música é linda!
"Sun been down for days A pretty flower in a vase A slipper by the fireplace A cello lying in its case
Soon she's down the stairs Her morning elegance she wears The sound of water makes her dream Awoken by a cloud of steam She pours a daydream in a cup A spoon of sugar sweetens up
And she fights for her life as she puts on her coat And she fights for her life on the train She looks at the rain as it pours And she fights for her life as she goes in a store with a thought she has caught by a thread she pays for the bread and she goes… Nobody knows
Sun been down for days A winter melody she plays The thunder makes her contemplate She hears a noise behind the gate Perhaps a letter with a dove Perhaps a stranger she could love
And she fights for her life as she puts on her coat And she fights for her life on the train She looks at the rain as it pours And she fights for her life as she goes in a store with a thought she has caught by a thread she pays for the bread and she goes… Nobody knows"
... ainda não desmontei a árvore de natal ... com o dedo mindinho do pé quebrado pela quinta vez (duas vezes o direito e tres - atual - o esquerdo) ...viciada em Yakissoba do delivery ... com preguiça de arrumar minha casa ... mas preciso tirar metade das coisas que estão dentro dela ... voltei a ler Saramago ... não to indo ao cinema ... mas to contando os dias pro Alice in Wonderland ... não to indo ao teatro (que vergonha!) ... cantando (Folk Off!) ... aprendendo sobre som (é física Lívia, é física...) ... ouvindo muuuita música ... cansei dos relacionamentos vazios ... mas os cheios me entediam ... conhecendo muita gente legal ... tomando Jack Daniels ... e Stellinha Artois ... saí do Farmville antes que fosse tarde demais ... to twittando loucamente (@lihmantovani ;D) ... to vivendo em ingles/portugues ... estou mais próxima do que nunca dos meus amigos ... mas devendo emails pra todo mundo ... tentando estudar filosofia e história da arte por conta própria ... sem camera na mão, mas cheia de idéias na cabeça ... buscando não sei quê, não sei onde... mas vou encontrar.. ah se vou!
Toda vez que se forma um nó na garganta, respira-se menos...